Você está ansioso. Uma angústia profunda o faz sentir-se como quem perdera um membro familiar. Tudo, menos feliz é o estado em que se encontra. É recomendado tomar um ansiolítico pelo seu médico e pronto: você, feito mágica, volta a sorrir, suas emoções se estabilizam e a vontade de viver se torna intensa. E o que ingeriu? Substâncias químicas! Outro está deprimido. Pior: a tristeza, a autocomiseração, a incapacidade momentânea de não achar graça em nada, podem destruir essa pessoa. Sair, ver amigos, praticar esportes, não surtem efeitos. Nem vontade para essas coisas ela têm. É indicado adequadamente o uso de antidepressivos e em pouco tempo a vida dela muda radicalmente. Os sentimentos negativos cessam em intensidade e a estrutura emocional se restaura. O humor e a alegria de viver voltam a fazer parte de seu dia a dia. E o que ela ingeriu? Substâncias químicas! Esses dois exemplos, em meio a tantos, ilustram de maneira simplificada o poder cura...
Resumo. Sentimentos e emoções serviram a nossa sobrevivência como espécies pois, como exemplo, o amor, o afeto e o carinho entre pais e filhotes foram e são uma ligação das mais importantes do reino animal, até que os pequenos animais adquiram maturidade para uma vida independente. Mas, e os sentimentos e as emoções negativas? Como estamos vivos hoje se antes da nossa espécie já havia ancestrais com poderosíssimas forças negativas em suas mentes? O que aconteceu e o que acontece? Estariam e estão na contramão da evolução? Neste artigo eu discorro sobre dois deles, aparentemente desastrosos para quaisquer espécies, e dos mais comuns e intensos, o ódio e a raiva, e mais ao que eles poderão levar, à agressividade, possuindo sim um papel indispensável na evolução se analisados com o cuidado que merecem. A partir do desenvolvimento do sistema nervoso, do mais primitivo ao mais capacitado e complexo, o cérebro humano, mostro foram fundamentais na preservação das es...